Casas em rede: espaços do comum

 “As Casas Fora do Eixo são terreiros 2.0”, Aderbal de Ashogun.

Por Claudia Schulz*

Uma vez ouvi essa frase do companheiro de andanças e esperanças, Mestre Aderbal Ashogun, responsável pela manutenção do complexo cultural dos povos tradicionais de terreiro. Um terreiro, um espaço de Matriz Africana onde se realizam orações, rituais, oferendas e compartilhamentos da vida. Me lembro com muita clareza quando conheci Aderbal. Nos ofereceu uma deliciosa refeição na Casa Fde São Paulo. No final da noite e da conversa falou isso. Até hoje essa frase ecoa.

Ecoa, porque o que estamos falando aqui não é apenas de espaços físicos onde há pessoas que residem e trabalham. Estamos falando, acima de tudo, do desafio da vida compartilhada e do código aberto, do caixa coletivo que provoca, diariamente, uma autoreflexão e conscientização de cada ato, porque “não estou só”. Eu, que passa a ser nós. Nós, que passam a ser nós de rede. E rede que passa a ser #tudojuntoaomesmotempoagora.

Quando Aderbal fala que as casas são terreiros 2.0 leio, primeiramente, como o alinhamento de um processo político cultural protagonizado por jovens que dialogam e trocam conhecimentos com a sabedoria ancestral. Essas trocas se desdobram claramente em relações intangíveis e imensuráveis de horizontalidade e união entre movimentos sociais. As Casas se tornam peças chaves que proporcionam esses encontros, convergências e, principalmente, retomadas de diáologos com a cultura de raiz e com o Brasil Profundo.

Das vivências que tive em terreiros sempre permaneceram a forte energia e comunhão de uma conexão com algo que não estava presencialmente ali, comigo. A sabedoria e o conhecimento proveniente da ancestralidade compartilhado em espaços comuns que vibram intensamente e recarregam a alma, alimentam o espírito com esperança para a disputa de imaginários e de novos mundos possíveis. No plural, porque são vários, são diversos.

Somado a este aspecto há a cultura digital aplicada organicamente aos espaços cognitivos elevando-os a potências que desfronteirizam as distâncias geográficas e o próprio espaço-tempo conectando mais de 2 mil pessoas cotidianamente. Esse “elevar” atribui às Casas Fora do Eixo um caráter de extensões de nossos corpos na medida em que nos permitimos ser  membros e órgãos pulsantes dela. Uma parte viva. Em infinito fluxo. Um eterno F5 (Atualização constante de dados e informações. “Dar um F5” simboliza a permanente renovação e sistematização em tempo real das ideias e projetos que estão sempre em (re)construção). Uma Casa sem os nós de rede, sem o “nóis” dentro dela, seria apenas uma casa.

Atualmente as Casas se tornaram uma micro rede que agrega outras formas de casas coletivas de diferentes movimentos sociais como os Povos de Terreiro, os Pontos de Cultura, a Ação Griô, entre tantas outras, totalizando mais de 200 espalhadas por todo o território nacional. Desta maneira, o Sistema de Casas Fora do Eixo caminha, assim como toda a rede Fora do Eixo, para a dissolução de sua marca iniciando um novo ciclo: pós marca. Esse ciclo é fruto de inúmeros fatores, mas dentro do contexto do Sistema de Casas Fora do Eixo, visualizamos a partir do momento em que esses espaços tidos como privados se tornam comuns sendo ocupados por todas as redes e movimentos sócio-culturais do Brasil e também da América Latina.

1. A linha do tempo

No início de 2011, quando o até então Circuito Fora do Eixo completava 5 anos de vida e trabalho, foi realizada a primeira migração de gestores de coletivos do interior do país para uma capital. A máxima “Decifra-me ou te devoro” foi por muito tempo o enigma da cidade mais populosa do Brasil: São Paulo. Em seu brasão o lema “Non ducor, duco”, frase latina que significa “Não sou conduzido, conduzo”, traduz claramente o processo de conurbação de uma das mais importantes megalópoles do continente americano, lendo-se de duas formas: a primeira como o individualismo de ações desenvolvidas pela cidade e seu papel de “liderança” no estado e no país e, a segunda, como a eliminação daqueles que se mostram incapazes de responder a seu enigma.

O processo de concentração e dispersão orgânicos à terra da garoa, compreendida por ser uma imensa zona urbanizada que se desdobrava em um campo de oportunidades diversificadas irrigadas por meios de transporte e comunicação, tornaram-se ativos desafiadores para esse novo ciclo do processo do Fora do Eixo. 22 gestores das cidades de Cuiabá (MT), Rio Branco (AC), Uberlândia e Belo Horizonte (MG); São Carlos e São Paulo (SP) formaram o primeiro núcleo da Casa Fora do Eixo São Paulo que, durante seus primeiros passos, estavam concentrados em trabalhar a cadeia produtiva e criativa da música de dentro e para dentro do eixo a partir da expertise adquirida no desenvolvimento, compartilhamento e aprimoramento de tecnologias sociais livres aplicadas em seus territórios anteriores, em seus interiores.

A Casa Fora do Eixo São Paulo, localizada no bairro Cambuci, abre suas portas ao público em maio de 2011 promovendo o primeiro Domingo na Casa, recebendo inúmeros artistas, ativistas, gestores culturais, vizinhos, curiosos e público em geral, com uma circulação aproximada de 500 pessoas, com uma programação de shows, debates transmitidos pela Pós Tv, entre outras atividades. Dentro do Circuito Fora do Eixo esse momento simbolizava a radicalização da aplicabilidade das tecnologias sociais geradas pela inteligência coletiva nas pontas e o trabalho de gestão dos processos que marcam o cotidiano da rede na maior capital do país.

Assim, a partir do momento em que foi idealizada, planejada e colocada em prática a Casa Fora do Eixo São Paulo foi, principalmente, sistematizada. Essa sistematização perpassa diferentes camadas do próprio modo de organização da rede que, de 2011 a 2013 sofreram inúmeros amadurecimentos de fluxo contínuo e infinito, principalmente no que diz respeito a atuação enquanto Circuito Cultural e Movimento Social mas que, naquele ano, culmina no que se chamou de Sistema de Casas Fora do Eixo.

Em 2011 uma Casa Fora do Eixo era considerada ponto de articulação regional com papéis plurais no que tange à atuação do Fora do Eixo em cada território. Assim, cada Casa Fora do Eixo era uma célula produtora de tecnologias sociais e um espaço de convergências que abriga em sua estrutura organizacional a Agência do Banco FdE (sustentabilidade), o Multimídia (comunicação), o Diretório do PCult (Partido da Cultura), o Escritório de Ponto de Articulação Regional, Ponto de Distribuição, Ponto de Hospedagem Solidária e o Campus da Universidade Livre. As Casas tornavam-se espaços cognitivos e laboratórios com as principais tecnologias de gestão elaboradas como a sede-moradia, o caixa coletivo e a hospedagem solidária, entre outros.

Na lógica do copyleft e do creative commons se dá a instalação imediata desse software em diferentes capitais do Brasil. Surge em outubro de 2011 a Casa FdE PoA (atualmente Casa FdE Sul), localizada no bairro Cidade Baixa em Porto Alegre. No mês de novembro do mesmo ano, no bairro Vicente Pinzon em Fortaleza, é estabelecida a Casa FdE Nordeste. Em abril de 2012, em Belo Horizonte no bairro São Lucas, a Casa FdE Minas. Em janeiro de 2013 a Casa FdE Amazônia, localizada no bairro Campina em Belém. E, no final de janeiro de 2013, na imersão do Ponto de Articulação Nacional (núcleo de gestores que possuem dedicação exclusiva ao FdE composto por 80 pessoas) realizada na Casa FdE São Paulo, é mapeado mais de 15 casas, além das casas regionais, passando-se a se ter casas municipais e estaduais. E em junho de 2013 surge a Casa das Redes, localizada em Brasília/DF, uma embaixada à disposição das redes no Brasil.

 

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Difícil sintetizar os processos de implementação de cada Casa FdE pois, acima de tudo, há conjunturas, singularidades e “esfinges” existentes em cada território. Porém, quem já realizou uma vivência em uma das 20 Casas Fora do Eixo espalhadas pelo país e visita outra, localizada na ponta extrema, tem a sensação de que está em uma única casa. Essa sensação é recorrente porque as residências culturais e criativas, assim idealizadas e conceituadas, servem como plataformas de cognição, circulação e residência cultural, responsáveis pela articulação de laboratórios de vivências socioculturais. As Casas recebem, cotidianamente, artistas, agitadores culturais, ativistas, produtores, jornalistas e intelectuais de todo o país e América Latina, interessados em trocar experiências e conhecimentos, tornando-se espaço de vivências antropológicas coletivas e fruição cultural intensa.

As Casas Fora do Eixo são campus de vivências avançados que vem possibilitando o aperfeiçoamento de tecnologias sociais capazes de gerar processos de sustentabilidade a agentes culturais que buscam o desenvolvimento de cadeias produtivas da cultura numa perspectiva solidária e socializante. São espaços que vem proporcionando experimentos de metodologias e projetos diversos relacionados à redes de midialivrismo; circulação de agentes culturais, ideias e conhecimentos; distribuição de produtos culturais, além de práticas solidárias de gestão de recursos econômicos, tais como, as moedas solidárias e o caixa coletivo.

Ainda, as Casas são casas em seu conceito literal, ou seja, são espaços de moradias de gestores, articuladores e filhos da rede que possuem dedicação integral ao processo ou estão sendo gestados por ele. Essas pessoas, que hoje são aproximadamente 100 pessoas das 2mil conectadas, optaram conscientemente por ser Fora do Eixo e viver uma vida Fora do Eixo. Nessa lógica está, principalmente, a aplicabilidade do caixa coletivo, compreendendo ele não apenas relacionado a gestão compartilhada de recursos financeiros mas, principalmente, à radicalização da horizontalidade e do compartilhamento do ser e estar em um novo mundo possível, dos conflitos, tristeza e alegrias do dia a dia, das roupas, dos bens que passam a ser comuns, do próprio bem comum. As Casas promovem novas perspectivas de protagonismo social a jovens de todo o país, através da dinamização de redes de relações que alimenta a compreensão de que trabalho é instrumento de construção e transformação de realidades, e que, através de processos coletivos, é possível alimentar a Felicidade Interna Bruta (FIB) de cada indivíduo, promovendo, em consequência, estímulo necessário capaz de retroalimentar métodos de colaboração diversos.

2. O Sistema das Casas Fora do Eixo

Enquanto grandes aceleradores de partículas, ou seja, espaços que possibilitam a concentração de grandes energias em pequenos volumes, às Casas Fora do Eixo aplicam cotidianamente inúmeras tecnologias de gestão que são utilizadas para realizar e acompanhar os projetos de residência cultural de cada Casa integrada ao sistema. Alguns pontos vinculados a funcionalidade, características, responsabilidades e aplicativos implementados distinguem uma Casa FdE de uma sede de um coletivo.

Cada Casa Fora do Eixo é uma célula produtora de tecnologias sociais e um espaço de convergências que abriga em sua estrutura organizacional a Agência do Banco FdE (sustentabilidade), o Ponto de Mídia Livre (comunicação), o Diretório do PCult (Partido da Cultura), o Escritório de Ponto de Articulação Regional, Ponto de Distribuição, Ponto de Hospeda Cultura, Ponto Nós Ambiente (política e prática ambiental) e Campus da Universidade Livre, além de desenvolver projetos estratégicos como Domingo na Casa, Noite FdE, Imersões, Vivências, PosTv, entre outros. Quem transita pelos espaços físicos de uma Casa consegue visualizar esses ambientes ou práticas. Veja o modo de organização de uma Casmodo_casa_2

As camadas representadas por cores, simbolizam as frentes temáticas, mediadoras, produtoras e projetos estratégicos, considerando que o diálogo e interação entre elas se dá de maneira organica e fluida a partir do centro.

As Frentes Temáticas são os núcleos que representam as linguagens artísticas, culturais e sociais adotadas pelo Circuito Fora do Eixo que aglutinam agentes culturais e concebem projetos para serem implementados na rede.

Os Projetos executados pelas Casas Fora do Eixo são inúmeros e dependem muito do contexto territorial, entre eles: Festival FdE; Domingo na Casa; Noites FdE ; Freelas (conforme demanda); Observatório FdE; Vivências e Imersões Uni FdE (conforme agendamento solicitado pelos coletivos); Vivências Residências Culturais (atividades de lazer e vivência realizada por residentes da Casa); Pós TV (Programação de segunda a domingo na internet); Grito Rock (festival anual realizado no período de carnaval); Assessorias (atendimento e assessorias de parceiros da Casa), entre outros.

Já as Frentes Mediadoras compõem o sistema solidário Fora do Eixo e têm o papel fundamental de gerar o fluxo entre as Frentes Temáticas e as Frentes Produtoras da rede. São elas que elaboram os mecanismos de sistematização, mapeamentos, pesquisa, concepção, execução, sustentabilidade, mobilização, articulação, comunicação e dinâmica entre os indivíduos e as  coordenações institucionais da rede, democratizando todas as tecnologias e decisões aprovadas pelos membros da organização, provocando a transversalidade entre todas as Frentes. As Frentes Mediadoras têm o papel fundamental de estar no suporte e preencher qualquer lacuna tanto nas frentes temáticas quanto das Frentes Produtoras do FdE.

Dentro do Transparência é possível se aprofundar e conhecer melhor cada Frente Temática e seus projetos bem como as Frentes Mediadoras acessando os artigos referentes a elas. Cabe a esse artigo trazer um aprofundamento das Frentes Produtoras. Vejamos.

As Frentes Produtoras são as principais responsáveis pela execução dos trabalhos demandados pelas Frentes Temáticas da rede. São elas que convertem a idealização de um projeto no papel para a prática, transformando as idéias em realidade. As Frentes Produtoras são fontes de produção do trabalho (card – moeda solidária através da qual as bandas, por exemplo, tinham acesso a ensaios, gravações, consultoria técnica e estética, aula de instrumento, discos, dvds, revistas, e até mesmo restaurante, vestuário e tatuagem) necessário para suprir as demandas das Frentes Gestoras e dos parceiros integrados ao sistema, atendendo à cadeia produtiva cultural local. Cada Frente Produtora se relaciona diretamente com uma ou mais Frentes Setoriais e pode transversar com todas elas.

Dessa maneira, uma das primeiras esferas que carece ser esmiuçada é a Residência Cultural que se torna um ponto chave dentro do sistema por ser um aplicativo que conta com espaços preparados para receber de forma colaborativa hóspedes e/ou viventes que atuam no setor da cultura nas mais diversas localidades do Brasil. O objetivo é que além de moradia temporária, o espaço físico sirva também como ambiente cognitivo contaminador de princípios coletivos, solidários, colaborativos e livres. A gestão da residência se encarrega de fazer o fluxo para manutenção dos espaços, para o atendimento, além de acompanhar as equipes de produção.

Esse laboratório vem sendo desenvolvido desde de 2011 em São Paulo, onde a residência cultural já recebeu mais de 2 mil agentes na hospedagem, realizou 450 eventos, 80 imersões, movimentando mais de 1 milhão de cards até o primeiro semestre de 2013. Na imagem abaixo é possível ter uma visualização do modo de organização da Residência Cultural:

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Dentro dessa esfera de produção é que se encontra a atuação da Residência Cultural, sendo ela responsável pela gestão da Produção, Logística, Hospedagem solidária, Alimentação, Traslados e TecnoArte. A Residência Cultural, assim como os demais aplicativos constituintes das Frentes do modo de organização, possuí uma gama de Tecs que sistematizam cada pequeno detalhe.

Quando uma Casa recebe uma solicitação de Hospeda Cultura, por exemplo, o gestor aciona no mínimo 5 Tecs básicos: Banco de Hospedagem Solidária, Banco de Translados, Carta de Boas Vindas, Cronograma de Revezamento e Lista de Discussão da Casa (googlegroups).

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Abaixo segue exemplos de Tecs utilizados pelas Casas FdE. Salienta-se que todas as Casas integradas ao Sistema de Casas Fora do Eixo aplicam os mesmos modelos de planilhas de sistematização, efetuando pequenas modificações, a partir de seu território e que, a cada ano, são aprimorados a partir desse uso cotidiano, buscando fazer também com que essas ferramentas facilitem a gestão e o compartilhamento de informações.

[a]  [Compacto.TEC CASA] Informações gerais sobre a produção da Casa FdE.

[b] [Banco de hospeda cultura] Sistema de planejamento de hospedagens solidárias Casa FdE.

[c] [Banco de traslados] Sistema de planejamento e produção de traslados feitos para atender hóspedes, parceiros e moradores da Casa.

[d] [Cronograma de revezamento] Sistema de planejamento de produção das atividades relacionadas ao ambiente doméstico e a manutenção da área comum da Casa.

[e] [Banco de Extratos] Usados para a gestão de extratos de usuários e outras pessoas relacionadas ao uso da Casa.

[f] [Banco de Orçamentos e Fornecedores]  Sistema de orçamentos e fornecedores de itens e serviços referentes à Casa

[g] [Banco de Colaboradores] Colaboradores cadastrados para atender as dinâmicas da Casa.

[h] [Banco de Contatos] Lista de contatos gerais.

[i] [Regulamento] Conjunto de regras de convívio referentes ao uso da Casa.

[j] [Lista de Discussão] [email protected] –  Lista de planejamento e produção restrita a moradores da Casa.

[k] [Carta Convite aos Vizinhos] Carta para comunicacão direta com os vizinhos da casa.

[l] [Carta de Boas Vindas] Apresenta o regulamento geral que vêm passar períodos de vivências na Casa.

Ainda na Frente de Produção encontram-se Eventos, ou seja, a equipe responsável por receber informações e demandas específicas de cada projeto das frentes temáticas ou mediadoras. Cabe ao Eventos organizar e planejar as necessidades e infraestrutura de cada ação compartilhando essas informações com a Residência Cultural, TecnoArte e Distro. A TecnoArte gerencia e realiza a manutenção de todo e qualquer tipo de equipamento, como: caixas de som, mesas de som, microfones, câmeras, máquinas fotográficas, abajúres, chuveiros, móveis, etc. Os integrantes da TecnoArte são responsáveis pelo antes, durante e depois de cada produção. O Atendimento organizará desde agenda de reuniões com parceiros, “tours” de visitantes na casa (conhecer os espaços cognitivos), logística de eventos, receptivo de Hospeda Cultura, etc. E, por sua vez, a Distro, pode ser compreendida de duas maneiras: a primeira é vinculada à distribuição de produtos culturais, sendo eles físicos ou virtuais, como cds, camisetas, livros, roupas, entre outros e; a segunda relacionada a própria distribuição de informações que são geradas pelo fluxo realizado pelos 4 núcleos citados e constituintes da Frente de Produção.

*Gestora do Fora do Eixo Card da regional Sul

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