O Fora do Eixo desde o início da sua trajetória em 2006, enfrenta o desafio de descentralizar e democratizar o acesso a produção de bens culturais em todo o Brasil. Sendo assim, as lutas, a força, a coerência e sobretudo a disposição com que o Movimento Nacional dos Trabalhadores sem terra vem se organizando e militando nos últimos 30 anos sempre nos estimulou como fonte de inspiração e aprendizado.
A partir de 2013, com o convite do MST passamos a integrar a Jornada Nacional de Lutas da Juventude, e vivenciando esse ambiente, pudemos aprender ainda mais com esse e outros importantes movimentos, que agora temos a honra de chamar de companheiros de Luta.
Em Agosto do ano passado quando o Fora Do Eixo estava sob forte ataque da grande mídia que buscava nos criminalizar, o MST foi a primeira organização que se posicionou em nossa defesa, e mais uma vez na prática nos ensinou sobre a coragem e a cumplicidade dos movimentos sociais brasileiros.
Nesse momento é com total clareza que não só apoiamos o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mas também nos somamos na luta urgente de uma reforma agrária. É preciso combater uma realidade absurda que vivemos no país hoje, onde de acordo com os dados do último senso do IBGE 2,8% das propriedades brasileiras são latifúndios e ocupam 56,7% do território para produção agrícola. Já as pequenas propriedades representam 68,2% do total, mas ocupam somente 7,9% da área total brasileira.
Nossas saudações e máximo respeito aos 30 anos do MST. Satisfação e orgulho de saber que estamos juntos para os próximos anos que vem pela frente de ocupação, produção e resistência.
Só a luta faz valer. Somos todos Sem Terra.
Um abraço solidário do Movimento Fora Do Eixo.