Carta à Carta

A Carta Capital acaba de publicar em sua edição semanal (16/08) matéria com o titulo “Fora do Eixo – Ex integrantes contam como funciona o movimento”

A matéria é co-assinada por Lino Bocchini, ex-parceiro do Fora do Eixo que saiu rompido com a rede. Justamente, por ocasião de sua demissão como Redator Chefe da Revista Trip, quando havia uma possibilidade para um  maior envolvimento e dedicação por parte de Bocchini ao projeto de criação da Mídia Ninja.

Por mais de um ano, Lino havia sido um dos mais assíduos, presentes e cruciais envolvidos na criação e desenvolvimento da PósTV e no laboratório do próprio NINJA. No tempo em que trabalhamos em conjunto demos amplo apoio a Bocchini, no caso Folha X Falha. Foram dezenas de programas ao vivo co-produzidos e realizados pela equipe da Casa Fora Do Eixo, dando visibilidade ao tema.

Ignoramos alertas de dezenas de pessoas que recomendavam distância de Lino. Diziam que iríamos despertar a antipatia da Folha de S. Paulo comprando uma briga que não era nossa. Nunca nos pautamos por isso. Sempre entendemos sua causa como justa e fundamental na luta por real liberdade de expressão. E nos solidarizamos com ele  em um momento onde o jornalista tinha sua reputação colocada em risco

De forma oportunista, o atual gerente de mídias on line de Carta Capital, que apurou e também assina a matéria, está pessoalmente implicado na questão e utiliza o espaço jornalístico valendo-o como lugar de poder para desqualificar o nosso trabalho.

A matéria dá continuidade ao linchamento simbólico e amplia acusações de forma anônima ou não, visando desqualificar lideranças que trabalham no Fora do Eixo com o propósito claro, diante da nulidade jurídica das mesmas, de atingir a reputação da rede e de seus participantes.

A chamada de capa já aponta seu caráter tendencioso. Entendemos que é anti ético apurar, visando traçar o perfil de uma rede com milhares de membros ativos, partindo apenas de depoimentos de pessoas que saíram da rede, com um foco claro em suas insatisfações. O texto colhe exceções e tenta forjar uma regra.

A matéria é nitidamente construída para  requentar denúncias surgidas nas redes sociais na última semana que já foram esclarecidas pelo Fora do Eixo em nota oficial e com o lançamento do Portal de Transparência (acessível em www.foradoeixo.org.br)

Sobre a matéria, devemos destacar:

NÚMEROS DO FORA DO EIXO

A Matéria insiste em uma tese mentirosa lançada nas redes por Beatriz Seigner: Que o Fora do Eixo aumenta os seus números. Para defender seu ponto de vista, a Carta Capital desconsidera todos os coletivos para além das Casas  de Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza e Belém e afirma de forma desonesta que a rede conta com no máximo 70 pessoas.

O próprio texto da Carta Capital cai em contradição quando acusa, falsamente, a atuação da rede em relação a indicação de secretários em estados como Acre e Rondônia, onde o FdE possui um histórico efetivo  de construções e atividades.

Levantamentos que estão sendo atualizados permanentemente somam 18 Casas, 91 Coletivos e 650 coletivos Parceiros. Eventos como o festival Grito Rock foram realizados de forma integrada em mais de 200 cidades de todo o mundo e a Rede Brasil de Festivais tem mais de 130 eventos em todo o país.

INDICAÇÕES DE SECRETÁRIOS

A matéria desqualifica de forma leviana a militância pelas políticas públicas da cultura e a legitimidade da sociedade civil que busca ampliar seu espectro da participação política, taxando a prática de lobby.  Nenhum dos nomes citados pela revista atingiram seus cargos através de indicações da rede. Um Ex-Ministro, como Juca Ferreira, não precisa de indicação de ninguém, a reportagem especula e mente. É normal e legítimo, pelo seu destaque na atuação local, que eventuais membros do Fora do Eixo sejam convidados para cargos de gestão pública. Entendemos que para aceitar essa possibilidade o indivíduo deve se desligar da rede, não fazendo mais parte mais do caixa coletivo local e se afastando das esferas de decisão em âmbito estadual e nacional.

FORA DO EIXO E MÍDIA NINJA

Lino Bocchini e Pietro Locatelli tentam criar uma tese de que a Mídia Ninja seja um nome fantasia para driblar supostos desgastes do FDE com outros movimentos sociais. O fato é contestado pelas diversas manifestações de apoio que o Fora do Eixo tem recebido de vários movimentos representativos  como o MST,  Movimento Nacional de Direitos Humanos e de várias  organizações Latino Americanas, mostrando claramente que não temos necessidade de criar nenhum artifício para livrar o Fora do Eixo de qualquer desgaste.

Ainda, nunca houve por parte do Fora do Eixo ou da Mídia NINJA nenhuma tentativa ou esforço de omitir ou desvincular as duas iniciativas, pelo contrário.

Publicamente sempre ressaltamos a relação orgânica dos dois projetos entendendo a Mídia Ninja como uma rede incubada – lógica própria do movimento de Economia Solidária – a partir do Fora Do Eixo. Hoje, dezenas de indivíduos e alguns coletivos trabalham como Ninjas e se sentem, ainda bem, também donos da rede.

MACHISMO E SEXISMO NA REDE

Estas acusações são gravíssimas e quem as coloca tem que estar preparado para prová-las. Colocações nesse campo, além de serem desrespeitosas, constituem atos de calúnia e difamação. Nos espanta uma revista como a Carta Capital, que conta com jornalistas que já estiveram muito próximos a rede do Fora do Eixo, convivendo livremente com homens e mulheres, traga a tona essas questões. As relações afetivas não são determinadas por regras do movimento, mas construídas por cada indivíduo, a partir dos desejos de cada um. Diálogos sobre relacionamentos acontecem em qualquer campo da sociedade.

Da forma como a matéria as expõe, todas as pessoas e principalmente as mulheres do  Fora do Eixo estão sendo absolutamente desrespeitadas, com conteúdo fruto de especulação. Ao nosso ver, isso sim,  é de um machismo intolerável.

RELAÇÃO COM PARTIDOS

As Políticas Públicas não são partidárias. Não acreditamos em política de governo, acreditamos em políticas de estado. O Estado não é o PT e muito menos o PSDB! Alguns partidos estão abertos ao dialogo e outros não, mas as políticas publicas independem deles.

Tentar criar uma relação entre Fora do Eixo e PSDB nesse momento é uma tentativa clara de minar as nossas articulações em campos de movimentos de esquerda. Militantes sérios que estão acompanhando o debate sabem que o Fora do Eixo está em disputa direta com o PSDB seja pelas respostas dadas sobre o tema no próprio Roda Viva ou pela ofensiva judicial que está sendo armada pelo Senador Aloysio Nunes contra a nossa rede.

APROPRIAÇÃO DE BENS

Essa não é uma prática do Fora do Eixo. A abordagem da matéria é caluniosa.

Primeiro, como é um processo coletivo, qualquer pessoa que chega tem acesso a uma série de bens coletivos. A destinação de seus pertences para o uso de todos enquanto se está em uma Casa é um ato livre. Além disso, muitas pessoas chegam sem nada e, a partir do envolvimento na dinâmica colaborativa, recebem bens materiais e equipamentos para desempenhar suas atividades.

Um sinal que expõe claramente que os acordos são feitos com o consentimento de quem faz investimentos de bens ou valores, e que as acusações são oportunistas e visam mais a difamação do que a justiça, é que esses acusadores preferiram tornar a história pública através da imprensa em um momento de alta visibilidade do Fora do Eixo, ao invés de terem nos processado tão logo se desligaram.

VIOLÊNCIA E INTIMIDAÇÃO

A rede não pratica nenhum tipo de violência ou intimidação, até mesmo porque não identificamos nada que poderíamos fazer contra integridade física ou emocional de nenhuma pessoa. São dez  anos de trabalho sem nenhum histórico ou caso registrado de agressão, perseguição ou ameaça. A produção de notícias que façam essas acusações sem provas ou sem serem encaminhadas junto a orgão competentes constituem mais calúnias e contribuem apenas para a alimentar uma narrativa de criminalização dos movimentos sociais.

LIVROS E FILMES

A reportagem mente mais uma vez quando cita o livro “48 leis do Poder” como referência da ação politica do Fora do Eixo, sendo que este não faz parte de nossos repertórios e nem de nossas pesquisas. Especula e mente novamente ao dar destaque ao filme citado por Lais Belini que assim como o livro acima nunca fez parte do debates da rede e nem teve sua veiculação proibida.

Lamentamos que uma revista como a Carta Capital perca a oportunidade de debater de forma mais responsável temas relativos a rede e as práticas do Fora do Eixo como economia solidária, ativismo e trabalho, dinâmicas das redes e de movimentos sociais, politicas culturais, etc.

Como fizemos durante toda a semana continuaremos no desenvolvimento do nosso portal de transparência e disponíveis para debates públicos sobre todos os temas da rede.

Vivemos num momento de grandes mudanças. As jornadas de Junho no Brasil, alinhadas a diversos movimentos que correm o Mundo todo hoje, mais as mudanças tecnologicas vividas recentemente nos colocam no olho do furacão, neste processo de mudanças sociais dramáticas, trazidas pelo Digital.

Somos um laboratório de experiência de rede digital único no Brasil e talvez único em todo o mundo. Trabalhamos fortemente nos últimos dez  anos dentro do circuito cultural e a pelo menos três anos estamos num diálogo constante com diversos setores da sociedade brasileira. Fazemos tudo isso de forma aberta e transparente entendendo que somos Beta, e que estamos em processo permanente de atualização. E pra completar tivemos uma enorme visibilidade nos últimos dias com o sucesso e quantidade de questionamentos que a Midia Ninja teve e trouxe.

Como movimento fortemente enraizado nas redes sociais, também recebemos os ônus e bônus de tudo que acontece ali. Ou seja, natural que um movimento que questiona sistemas de representatividade na rede, receba primeiramente os resultados disso. Para nós  essa é uma oportunidade grande de aprendizado para melhorarmos nossos processos. Não temos problema algum em receber a primeira ação tão ostensiva das redes sociais, como gostaríamos que outras entidades, estados e empresas estivessem recebendo, e realmente esperamos que esta experiência possa servir para que avancemos na construção das novas formas de participação e controle social trazidos pelo Digital.

Somos o pretexto pra um grande debate que precisava ser travado, estamos felizes de poder ajudar a levantar temas e discussões tão importantes para sociedade. Seguimos firmes e acreditando que, com esse processo, avançamos para aprofundar entendimentos e ajudar que o Brasil encontre novos caminhos.

Integra das Respostas a Carta Capital publicada em 15/08/2013

Concluindo nosso posicionamento sobre a matéria publicada hoje na Carta Capital. segue abaixo  as nossas respostas  na íntegra para as perguntas enviadas pela revista que não identifica Lino Bocchini, autor da matéria e gerente de midia on line da Carta Capital, como ex-colaborador do Fora do Eixo o que consideramos anti-ético por parte da Revista.

Recebemos as perguntas longas, genéricas e poucas horas antes do fechamento da edição. Além de Pablo Capilé, nenhum membro ativo da rede citado no texto foi procurado pela reportagem, ficando claro o aspecto tendencioso que direcionou a escrita do texto de Lino Bocchini e Piero Locatelli

USO DE DENUNCIAS SEM IDENTIFICAR A FONTE, VIOLÊNCIA E INTIMIDAÇÃO

Diríamos que ninguém precisa ter medo de nada, e que muito nos espanta este tipo de declaração. Inclusive, chega a ser estranho esta reação sendo que todas as pessoas que passaram pela rede sempre puderam colocar estas angustias quando estavam dentro dela. A rede não pratica intimidação, até mesmo porque, o que poderiamos fazer? São 10 anos de trabalho sem nenhum histórico de violência ou perseguição para que as pessoas não se identifiquem. Isso é muito sensacionalismo.

O que as pessoas não colocam em perspectiva é que estas pessoas que hoje estão fora, viram no FDE uma possibilidade de realizar as atividades que desejam e se posicionar profissionalmente. Não dar a cara, é justamente mais do que evidenciar uma possível perseguição ao FDE é ter que revelar também o que elas ganharam com esta convivência. Elas participaram de um processo consentindo com a forma como ele se organiza, utilizou-se das relações que estabeleceu ali dentro, e de repente tem medo de retaliação. Estranho.

Uma prova de que esse questionamento é improcedente é que a maioria das pessoas que saem do FDE vão trabalhar com outros parceiros da rede, ou grupos que mantém dialogo conosco, como o próprio caso da Lais, que saiu da CASA SP, e foi trabalhar com o Outras Palavras, que ela conheceu justamente como membro do FDE. E posso te dar diversos exemplos como esse. Pra mim, levantar estas questões de forma difamatória, sem citar as pessoas e os casos de perseguição não é a melhor forma de se abordar a questão.

Que retaliação ou perseguição poderiamos fazer? Emitir nossa opinião sobre o que achamos destas pessoas se perguntados? Isso tá todo mundo fazendo, sem nem conhecer o FDE, e não vimos pergunta alguma questionando se o FDE estaria se sentindo perseguido. Porque?

“APROPRIAÇÃO DE BENS” DOS MORADORES DAS CASAS COLETIVAS

Não, isso não é uma prática nossa. Muito nos impressiona, que todas as perguntas e questionamentos que tem chegado não exploram a nossa forma de se organizar, mas buscam enquadra-la e criminaliza-la como se fosse um modelo convencional de empresa. Primeiro, como é um processo coletivo, esta pessoa que chega já tem acesso a uma série de coisas que já existem.

A destinação de seus bens para o uso do processo é um ato livre. Se vc tem um carro e vem para uma casa, é natural que este carro seja usado, até porque ja tem muita gente empresta coisas para que o processo exista e se realize. Se vc tem um cartão de credito e quer disponibilizá-lo pra ações da rede a mesma coisa. Não tem uma pratica  de apropriação, tem um processo que gera consensos e consentimentos livres e esclarecidos.

Da mesma forma que muita gente chega sem ter nada e a partir da construção coletiva e colaborativa bens materiais são disponibilizados para esta pessoa desempenhar suas atividades.

É importante ficar claro, o Fora do Eixo trabalha com a perspectiva de propriedade coletiva e compartilhada, com definições claras para o acesso pessoal. A chave para entender isso não está numa leitura maniqueista ou na abordagem que tenta ver o fora do eixo como uma empresa capitalista. É muito desonesto, principalmente para pessoas que participaram deste processo e fizeram suas escolhas, partirem pra uma criminalização depois que se desapontam com uma experiência.

Não existe sequestro compulsorio de bens e é um absurdo a Carta Capital afirmar em uma pergunta que “há diversas pessoas que tiveram os bens apropriados pelo Fora do Eixo”. Não existe apropriação nenhuma desses itens.Obviamente as pessoas que saem do FDE levam o que é de sua propriedade: sejam cartões, computadores ou automóveis. Se nos apropriássemos estaríamos com estes itens até hoje.

RELAÇÃO COM PARTIDOS

As Politicas Publicas não são partidárias. Não acreditamos em política de governo, acreditamos em políticas de estado. A pergunta ta muito mal feita e descontextualizada. O Estado não é o PT e muito menos o PSDB! Alguns partidos estão abertos ao dialogo e outros não, mas as politicas publicas independem deles.

MACHISMO E SEXISMO NA REDE

Estas acusações são gravíssimas e quem as coloca tem que estar preparado para provar. Temos plena convicção que isso, além de ser uma grande mentira, é um ato gravissimo de calunia e difamação, e muito nos espanta uma revista como a carta capital, que inclusive tem jornalistas que já estiveram muito proximos a rede, trazer a tona uma calunia, sem provas.

As relações afetivas não são determinadas por regras do movimento, mas construídas por cada individuo, a partir dos desejos de cada um. Sem o nome de “várias” não é jornalismo. É baixaria. E as garotas que vivem nas casas Fora do Eixo estão sendo absolutamente desrespeitadas com este tipo de especulação. Isso sim que é de um machismo intolerável.

DINÂMICAS COM OUTROS MOVIMENTOS SOCIAIS.

Ao mesmo tempo somos parceiros e temos recebido diversas moções de apoio e solidariedade de vários outros movimentos como o MST, a CUFA, o Afroreggae, a Agencia de Redes pra Juventude, O Movimento Nacional dos Direitos Humanos, o Movimento Ação Griô, o Movimento de Povos de terreiro, a UJS, e vários movimentos Ambientais, Sociais e Culturais.

Existe algum ponto de consenso nos movimentos sociais? O que existe, no nosso entendimento, é um espaço enorme de diversidade e de disputa de narrativas e alinhamentos a partir dos valores e interesses dos movimentos. Acho complicado mais uma vez transformar disenso, que é algo natural das sociedades democráticas, em uma questão moral que distorce a realidade.

Primeiro que NUNCA nenhum integrante do Midia Ninja foi expulso de lugar nenhum, muito menos da Favela do Moinho. Esses mesmos movimentos citados criticam vários outros movimentos, e criticas fazem parte do processo de debate em uma sociedade democrática.  Não conhecemos nenhum movimento que seja um consenso absoluto dentro das lutas sociais que são realizadas no Brasil e no Mundo, e isso deveria ser visto como algo natural, sem alarme e tanto alarde.

REPERCUSSÃO E TEMAS LEVANTADOS

Vivemos num momento de grandes mudanças. As jornadas de Junho no Brasil, alinhadas a diversos movimentos que correm o Mundo todo hoje, mais as mudanças tecnologicas vividas recentemente nos colocam no olho do furacão, neste processo de mudanças sociais dramáticas, trazidas pelo Digital.

Somos um laboratório de experiência de rede digital único no Brasil e talvez único em todo o mundo. Trabalhamos fortemente nos últimos 10 anos dentro do circuito cultural e a pelo menos 3 anos estamos num diálogo constante com diversos setores da sociedade brasileira. Fazemos tudo isso de forma aberta e transparente entendendo que somos Beta, e que estamos em processo permanente de atualização. E pra completar tivemos uma enorme visibilidade nos últimos dias com o sucesso e quantidade de questionamentos que a Midia Ninja teve e trouxe.

Como movimento fortemente enraizado nas redes sociais, também recebemos os ônus e bônus de tudo que acontece ali. Ou seja, natural que um movimento que questiona sistemas de representatividade na rede, receba primeiramente os resultados disso. Pra gente essa é uma oportunidade grande de aprendizado para melhorarmos nossos processos.

Não temos problema algum em receber a primeira ação tão ostensiva das redes sociais, como gostaríamos que outras entidades, estados e empresas estivessem recebendo, e realmente esperamos que esta experiência possa servir para que avancemos na construção das novas formas de participação e controle social trazidos pelo Digital. Somos o pretexto pra um grande debate que precisa ser travado, e apesar da dor da injustiça, seguimos firmes acreditando que debate vai ganhar a profundidade necessária para que o Brasil encontre seus novos caminhos.

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