Fala, Pablo Capilé – por Giselle Beiguelman

Texto originalmente publicado no site da Revista Select em entrevista realizada por Giselle Beiguelman no dia 19 de agosto de 2013. Veja a publicação original aqui.

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Articulador do FdE mostra que não perde o centro
“Quando a direita e a esquerda estão no mesmo lugar, em uníssono, tende-se à situação de ‘overcrítica’ que estamos vivendo”, diz Capilé.

Poucos assuntos foram mais recorrentes na mídia brasileira nos últimos dias que as polêmicas em torno da atuação da rede de coletivos Circuito Fora do Eixo (FdE). Depois de uma euforia quase sem precedentes sobre a atuação da Mídia NINJA, um dos nós do circuito, em serviços noticiosos de peso, que incluem a Globo News, o Washington Post, a BBC, a Folha de S. Paulo e o Estadão, e culminou em uma participação no prestigioso Roda Viva da TV Cultura, um verdadeiro tsunami de ataques recaiu sobre eles.

Em paralelo ao questionamento, legítimo, de leitores, espectadores e agentes de informação, sobre o uso de recursos captados em editais públicos e sua moeda coletiva (o Cubo Card), instaurou-se um tribunal coletivo que acusa sem dar direito de defesa. Estão em jogo, além de modelos de gestão, metodologias independentes de ação no cenário da produção cultural brasileira, a emergência de novos perfis de protagonistas e modelos alternativos de produção, circulação e consumo das mídias e dos bens culturais.

A criminalização da existência do FdE, que não deixa de levantar suspeitas com relação a sua intransigência classista e seu racismo velado, dada a inequívoca centralização dos ataques na figura de um de seus principais articuladores, Pablo Capilé — um não-bonitinho, não-branco, outsider do who is who no eixo Rio-São Paulo — instaura uma perigosa estratégia de linchamento. Essa estratégia assusta, haja vista a velocidade com que se processa e pela sua sincronia com o reconhecimento do sucesso dos NINJAs e do poder de articulação do FdE.

Acusado de ladrão, machista, explorador e truqueiro, encontramos com a polêmica figura, Pablo Capilé, na Casa Fora do Eixo, no bairro do Cambuci, em São Paulo no dia 16 de agosto. Foi nossa primeira vez lá. Sem esconder as mágoas, os sustos e inseguranças com o que está acontecendo, nem os sonhos que ainda tem, ele falou por quase duas horas. Admite erros, aposta no futuro, surpreende pelo raciocínio rápido e pelo domínio da situação. Falou da infância em Cuiabá, do aprendizado com a mancha cutânea de nascença e de como ela o ensinou a superar adversidades e mapear seu ecossistema. Discorreu sobre expectativas não correspondidas, sexismo, reivindicações de cachê, Cubo Cards e o futuro do Fora do Eixo. Entre as reticências que ficam no ar, uma certeza: o movimento nas redes continua e ele não titubeia em dizer: “reciclar-se é entender que você se contradiz”.

seLecT: Para você, o que é o Fora do Eixo?

Capilé: O FdE é uma comunidade totalmente aberta. Que dialoga de A a Z. Você nos encontra em um Festival de Música com artistas e depois sentado com um ex-presidente. Nós fomos do MST aos artistas de classe média. Ou seja, percorremos pontos extremos. Fazer essa volta completa e circular, são poucos os movimentos que tentam. Somos uma mistura dos movimentos sociais de base, do tipo do MST, do MPL, com os coletivos –o povo das redes sociais, da cultura dos memes – da luta de classes com a disputa pelo imaginário, sendo que o cara da luta de classes, dos movimentos sociais, acha que esses coletivos atuam de forma muito branda, e o cara que vem desses coletivos, vê aquele que atua nos movimentos sociais como mais radical. No meio disso tudo, fica o ruído, a evidência da contradição, e é onde estamos.

Você esperava tornar-se o centro de um debate midiático dessas proporções?

De alguma forma, esses debates, essas discussões, teriam que ser feitos em algum momento. Vendo retrospectivamente, penso que seria impossível que esse momento não se desse logo depois do Roda Viva e com a supervisibilidade que tivemos e com nossa forma honesta, tranquila e segura de responder. Fechamos ali um ciclo de provocações necessárias para que esse debate se ativasse. Eu não esperava que o nível de debate fosse aquém do tamanho e da complexidade dos temas que estavam sendo colocados. Mas acreditava que iriam aparecer várias questões relacionadas à criminalização da relação do Estado com a sociedade civil e ao sistema de comunicação que estava sendo criado por nós. Contudo, não acreditava que o debate comportamental seria tão preconceituoso. Se não fosse o viés moralista, estava tudo mais ou menos dentro das expectativas.

O que você classifica como moralista nos debates que estão se dando em torno das práticas do FdE?

A ignorância em relação à vida comunitária e a expectativa que uma vida em comunidade seja o “céu” e não entender que a complexidade humana de muitas vidas misturadas, equilibrando-se em busca de uma harmonia… Surpreendeu-me os sustos diante da descoberta que aquilo não fosse somente o céu, de sermos todos seres humanos, com tudo aquilo os homens tem de pior e de melhor. É preciso ainda levar em conta que não são apenas pessoas morando juntas, mas trabalhando em conjunto, o que é bem diferente de vários em um mesmo espaço, trabalhando cada um em suas coisas. Fiquei particularmente incomodado com essa história de que funcionamos por cooptação. As pessoas conversam, chegam junto, em todos os lugares, nos bares, nas festas, em rodas de amigos. É natural que também nos aproximemos, falemos, conversemos, e que os assuntos sobre os quais estamos trabalhando, apareçam, sem que exista qualquer planejamento prévio.

Acusam vocês de falta de transparência.

Agregamos muita gente, somos abertos em todos os sentidos. Qualquer um pode vir aqui, dormir, trazer projetos. Publicamos tudo, tiramos foto de tudo… Nosso erro não foi a falta de transparência. Foi nossa overtransparência. Não nos arrependemos disso, mas entendemos que essa supertransparência gerou um superdebate. Todos – o músico, o cineasta, o ativista, o fotógrafo, o acadêmico – sentiram-se no direito de fazer algum tipo de avaliação sobre as coisas que desenvolvíamos. Abrimos portas em circuitos diversos e neles as pessoas sentiram-se no direito de dar opinião. Se o que está sendo dito fosse a regra e não a exceção, jamais teríamos conseguido chegar no ponto em que estamos. Teríamos implodido há muito tempo, fato que se comprova se você pensar que nos últimos dias, no meio desse furacão, nenhuma das pessoas da rede pediu desligamento.

Ocorrem muitos pedidos de desligamento?

Não, mas preciso contextualizar os depoimentos sobre esse tema dos desligamentos, em função de alguns depoimentos, como o da Laís Bellini. Quando chegamos em São Paulo, em 2011, sabíamos que haviam duas narrativas prontas nos esperando. Uma delas era: chegaram os caipiras-caga-regra que vieram para a cidade grande apresentar uma solução genial. Isso gerou um certo clima de precisamos provar. O primeiro ano foi de um ambiente muito tenso. Trinta pessoas, que nunca haviam convivido, de diferentes partes do Brasil, na pressão, cientes do fato que o êxito nacional do FdE passava pelo sucesso desse nó em São Paulo. Ao longo de 2012, com todas as realizações, fomos relaxando e entramos em 2013, com toda essa autocobrança totalmente resolvida. Ninguém faria um depoimento desses em 2013. Contudo, tivemos vários depoimentos francamente favoráveis a nós e nossa atuação e me espanta que esses depoimentos, de outras pessoas que trabalharam e se desligaram do FdE, não tenham sido tão ouvidas como as que se frustraram de alguma forma.

E qual era segunda narrativa?

Se déssemos certo, algo teríamos que ter feito de errado para dar tão certo.

Por que o depoimento da Beatriz Seigner no Facebook, teve essa repercussão, desencadeando a onda de protestos súbitos de todos os lados?

A forma como foram feitos esses depoimentos emocionais, como o primeiro da Beatriz, reunia, em primeira pessoa, todas as críticas que faziam a nós. Aí, o músico que estava insatisfeito conosco, identificava-se com não-pagamento feito pelo Sesc. O ativista sentia-se contemplado na questão da apropriação, O outro que achava tudo verticalizado, identificava-se com a acusação de personalização. O que acreditava que nós nos autoexplorávamos, sentia-se confortável com a lógica de zumbi que essa imagem da mais-valia projetava. Então, mesmo ela não tendo vivido boa parte do que narra, conseguia capturar boa parte das críticas que nos faziam. Isso somado à visibilidade que conquistamos, funcionou como pólvora.

Você acha que houve preconceito e ciúme nessa história toda?

Um pouco. Tenho quase certeza que somos uma experiência única, no mundo, de casas coletivas, com caixa coletivo, em um país de dimensões continentais. Mas algo que não podemos negar é que esse ineditismo fez com que não fossemos compreendidos nem pela direita, nem por parte da esquerda, e isso explica boa parte da animosidade que foi veiculada em diversos canais midiáticos: parte da esquerda nos considera os novos capitalistas e a direita nos vê como os novos comunistas. Nosso ineditismo está na base disso. Algo parecido com o que ocorreu na Tropicália, criminalizada pela esquerda por ser capitalista e pela guitarra elétrica, e pela direita como hippies comunistas. O Lula, também, no começo do PT, funcionou dessa forma ambivalente, com uma esquerda intelectual, que não conseguia absorvê-lo como uma forma de liderança popular, por um lado, e uma direita que ficava horrorizada com seu espectro. Muitas vezes o Fora do Eixo é visualizado como Estado e muitas vezes como alternativa de mercado no século 21. E quando a direita e parte da esquerda estão no mesmo lugar, em uníssono, tende-se a essa situação de “overcrítica”.

Você se magoou em algum momento com a avalanche de críticas que foram feitas especialmente a você?

Não, mas a questão do comportamento me magoou. Se era com aquelas pessoas que eu acreditava que se poderia chegar a um outro mundo possível, colaborativo, tive certeza que não era a partir dos debates que propunham que poderíamos chegar onde queremos chegar. Existem outras questões mais importantes nesse processo civilizatório do Brasil, pelo qual estamos passando, do que tentar nos criminalizar. A questão do comportamento é moralista e é hipócrita. Falo dessa onda sobre a perspectiva messiânica, o trabalho escravo, o sexismo, a articulação programática dos desejos das pessoas.

Como você explica a acusação sobre o sexismo e a dominância masculina?

Totalmente conjuntural! As oito meninas que moravam aqui foram para Brasília, implantar, no ano passado, a Casa Fora do Eixo no Distrito Federal, a Casa de Porto Alegre, de Belém… Só elas tinham essa capacidade. Resultado: passamos um período de alta visibilidade, entre mais o menos o Existe Amor em SP ao NINJA, só com homens na Casa [de São Paulo], mesmo sendo uma rede que tem muito mais mulheres do que homens e que tem na maior parte das Casa, como gestoras, mulheres, como a de São Paulo também tinha.

E o que diz das denúncias de alguns artistas?

Quando você passa por uma chuva de avaliações, como estamos passando, você também adquire autonomia para não recuar nos seus princípios. Muitas vezes tínhamos que discutir as questões do cachê, a partir da perspectiva do artista que entendia que a sustentabilidade diz respeito exclusivamente à sua remuneração direta. Na medida em que todas essas críticas são colocadas, não temos mais a necessidade de estar na mediação disso. Podemos partir para a defesa de outras formas de remuneração, sem ter que criar pontes e ficar no lugar dessa mediação entre dois mundos. Isso passa, novamente, pela questão do comportamento, de ter que evidenciar o que é ter uma criança aqui dentro, de evidenciar que não dá para centrar o debate na procura de um céu, pois o que provavelmente você encontrará é um inferno, evidenciar a criminalização do movimento social e sua relação com Estado… Todos esse temas ficaram eclipsados porque estávamos todos demasiado absorvidos por essa mediação. Agora é hora de por em questão que existimos, recebemos investimento, sim, e falta muito, porque falta muito investimento em cultura no Brasil.

Falando em recursos, como você avalia a gestão do dinheiro feita pelo FdE?

Muito do que fazemos quem deveria fazer é o Estado. Criar um circuito de festivais, criar um circuito de música independente, levar o cara de Amapá, do Rio Branco, de Cuiabá para tocar pelo Brasil, pensar um fluxo de distribuição…, quem deveria estar fazendo isso é a Funarte, o Minc, que, vale lembrar, têm bem mais recursos do que nós para fazer tudo isso e não conseguem fazer metade do que a gente faz.

O grande problema são as expectativas. A pessoa quer fazer algo e nós dizemos temos 30%. Entramos com isso e você traz os outros 70%. Mas a expectativa é que entremos com os 30 e mais os 70%. Não temos. Mas dada a visibilidade que temos, em função da nossa prática e de nossas realizações, espera-se que sejamos capazes de tudo, que funcionemos como uma produtora. Não somos e aí, sobra frustração, pois a pessoa vem acreditando que teríamos condições de fazer dele uma carreira de sucesso. O que estamos falando é que temos mais de 5000 cidades no Brasil e que temos condições de levar a pessoa para cerca de 300. Nosso papel é dar condições para as pessoas apresentarem seu trabalho, não garantir que vão vender CDs, não de encampar a expectativa que a pessoa tinha da indústria e projeta em nós.

Você atua politica e publicamente desde que vivia em Cuiabá. Isso preparou você de alguma forma para o que está vivendo agora?

Atuo no meio político e cultural desde os anos 2000. Em 2002, já trabalhava com um coletivo em Cuiabá, que depois se tornou o Cubo, e íamos fazer pressão no Conselho de Cultura da cidade. Tanto fizemos que acabamos elegendo um conselheiro. Em 2005, fizemos um festival, o Calango, que deu oportunidade aos músicos locais mostrarem que faziam algo mais que “cover” de bandas consagradas. Fizemos um blog que rapidamente se tornou referência e logo as bandas começaram a se projetar. Montamos um estúdio de gravação, um local de ensaio, e ao mesmo tempo, debatíamos políticas públicas. Enquanto crescíamos, já vivíamos um processo que nos acompanha até hoje, mais precisamente, ele é “o” processo. Olhando para trás, posso te dizer que foi sempre assim. Era gente nos chamando de filhinhos de papai, outros de maconheiros, e gente falando “está acontecendo coisa de mais e nós não estamos recebendo!”

E nós, naquele impasse: como fazer essas pessoas acreditarem em processos colaborativos e, ao mesmo tempo, explicar que não tínhamos nada, que era tudo feito a partir de muita gambiarra… Foi aí que decidimos criar a nossa moeda, o Cubo Card, uma moeda própria com a qual pagávamos as bandas e permitíamos que trocassem o valor recebido por outros serviços (release, site, horas de ensaio no estúdio etc). Tal como hoje, de forma muito otimista, saímos distribuindo Cubo Cards, especialmente porque todos que viam a experiência que estávamos fazendo, queriam fazer parte dela, reconheciam sua potência. Gerando Cards, Cards, Cards, chegamos ao fim do ano com um monte de gente solicitando seus serviços ao mesmo tempo. Rolou um subprime! Que é muito parecido com o Sub Prime que está rolando agora e está muito ligado à lógica da potência e chega uma hora em que as expectativas daquele parceiro em relação às metodologias que estavam sendo desenvolvidas foram frustradas.

As projeções são sempre muito menos realistas do que deveriam. É aí que reside o subprime, muitas vezes gerado não por nós, mas pela inflação de expectativas dos outros sobre nossa experiência, que é, bom frisar, inédita. Então, posso dizer que desde o começo recebíamos os mesmos ataques. Contudo, como era tudo muito pequenininho, o tiroteio era proporcional ao nosso tamanho. Isso pode ser um erro: estimular as pessoas a partir da potência. Mas não tenho convicção. Sempre acreditei que a potência é mais honesta, mais agregadora e mais inteligente que a abertura de espaço para avaliação moralista.

Como era sua vida antes do Cubo, antes do Fora do Eixo, em Cuiabá?

Sempre tive muitos amigos e minha mancha me ajudou muito. Explico. Ela fez com que eu tivesse escolhido alguns lugares de observação privilegiada. Meus amigos da escola, da rua, meus primos, eram os lugares onde eu me sentia seguro, protegido. Era como se eu estudasse alguns ecossistemas e como aquilo ali funcionava e só assim conseguia estar bem. Até uma certa idade, acreditava que isso seria um problema que eu carregaria a vida toda. Com o tempo, eu fui aprendendo que aquilo era um pequeno espaço para avaliar experiências que eu teria – de negações e diferenças – sempre.

Quando descobri que aquele problema, minha mancha, estava digerido, e que eu acreditava que era insolúvel e eterno, descobri que não tinha mais que me preocupar com “para onde as coisas estão indo?”. Era possível ir, pois o que parecia ser o maior dos problemas, e que eu carregaria comigo para sempre, não era tão grande assim. Acredito que esse diálogo interior me fez ser da maneira que sou. Essa superação me mostrou que era possível enfrentar o que parecia ser maior do que era de verdade. E tornou-se uma característica da minha personalidade. A mancha me deu uma guinada à esquerda. Culpa da mancha. (Risos).

Você imaginava, quando veio para São Paulo, que o FdE tomaria essa proporção?

Não.

Qual impacto que as críticas que vem tomando diversos veículos jornalísticos e as redes terão sobre o FdE? Como você, pessoalmente, está reagindo a isso tudo?

Os dois primeiros dias, depois do post da Beatriz e o que ele desencadeou, foram ruins. Temos muita coisa agora para administrar, mas essa avalanche de debates obriga as pessoas a nos conhecer e saber o que fazemos. Não consolida opiniões, permite que possamos expor nossas ideias. Gera curiosidade e permite que as pessoas se aproximem e tenham repertório para avaliar o que receberam de informações desencontradas, sem ter muita clareza. Está sendo muito pedagógico. Além do mais, esse momento nos impulsiona a debater os temas importantes do Brasil. Não que estivéssemos alheios a eles, mas tínhamos muita força destinada a uma etapa anterior, que se encerrou, de ativar circuitos, por exemplo. Estamos renascendo e não morrendo. Quando você percebe que você erra, sim, que existem muitas contradições no que você está fazendo, você está aberto para recomeçar. Reciclar-se é entender que você se contradiz.

Um comentário sobre “Fala, Pablo Capilé – por Giselle Beiguelman

  1. O que vejo é que Pablo tem coragem, além do bom habito de fazer lição-de-casa, e vejo também, que se ele fosse branco e paulista seria um gênio, se fosse branco e carioca seria O Cara, se fosse branco e nordestino seria um cabra ‘com uma puta ixxtrêla’, se fosse branco e do sul seria separatista… Ops!
    Acontece que não acontece nada disso e como o Brasil dito pensante é racista, machista, sexista, escravagista e só conhece a lei-de-gerson que, ao contrário do que todos pensam, não foi uma invenção carioco-futebolista, mas caipiro-paulista, enfim , estão fazendo um circo para desqualificar o Capilé, porque daí um branco pode ser a vitrine do Fora do Eixo e ninguém vai falar mais nada contra, só a favor, né?
    Até agora ninguém teve coragem de dizer algo como o problema do FdE ser a liderança mestiça inferior que desconhece o que são as virtudes de um homem-de-bem, porque o ‘politicamente correto’ não deixa… Enquanto isso um coro do além vai gemendo: “Cai fora mestiço! Sua ideia é muito boa para não ter saído de uma cabeça branca bem nascida”.
    Boa sorte Pablo Capilé! Precisando é só convocar, que tem muito não-branco e não-musico querendo viver também, e eu me incluo nesta lista. Abraço.
    AH’O

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